sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Notre Dame

Mais um vez Paris!
Terça-feira cinzenta, chuva leve e intermitente no outono francês! A opção era encontrar algum lugar fechado (museu) para passar o dia. Ainda no ônibus a caminho da estação do metrô, descubro que o Louvre estaria fechado - e com pouco tempo para decidir, não vacilei e fui no arrisca tudo para a estação de St. Michel-Notre Dame. 
Saio da estação ao pé do Rio Seine, bem ao lado de uma das pontes que faz a ligação para Île de la Citê, onde está cravada a Catedral de Notre Dame.
Antes de encarar as páginas dos livros de história, uma pausa para carregar as energias! A quantidade absurda de restaurantes e as mais diversas culinárias disponíveis são um convite às esquizitices. Por um instante, vacilei. Talvez não fosse o dia e a hora ideal para aventuras alimentares. Ainda teria o dia todo pela frente, e a possibilidade de uma "storm" estomacal poderia colocar toda a disposição de caminhar a prova - mas a fome levou-me a encarar o desafio!
Opções de cozinha grega, indiana, turca, árabe, japonesa, thailandesa, entre outras pipocavam a minha frente a todo momento, mas acabei cedendo ao restaurante que prometia um tal "Norvégien Sandwich". 
A descrição prometia: salmão com saladas e ovo por 7 Euros - um brinde à cozinha norueguesa! Mandei ver! Tudo ia muito bem até chegar o pedido! Salmão cru, embalado por uma pilha de rodelas de ovo cozido, acompanhado de tomates e alface - tudo entre duas enormes fatias de pão!
O que fazer?! Salmão cru com ovo cozido!?!? FUCK! 
Impulsionado pela fome e pelo ditado "se não guenta por que veio?!" - acabei por devorar o tal sanduba! Até que caiu bem! Tudo bem que a mostardinha marron despistou um pouco - mas nada que um "Haagen Dazs" na sequencia para "desencanar"!!! 
Missão cumprida, foi hora de levantar e correr para a Notre Dame!
A catedral realmente impressiona por sua beleza - maior ainda em seu inteiror, com seus vitrais alucinantes! Construção em estilo gótico do início do século XI - testemunha de várias fogueiras na época da inquisição - a catedral resistiu a guerras, aos movimentos artísticos ( barroco, romantismo, etc.)  para hoje permitir aos visitantes uma viagem no tempo.
Diversos reis e imperadores ali foram coroados, Napoleão Bonaparte e sua esposa Josephine estão na lista! 
A riqueza histórica, seus traços e todos os simblismos presentes nos portais, nos vitrais além das famosas quimeras fazem da Catedral de Notre Dame um dos lugares mais bacanas que já visitei até então! 
Por 7,50 euros, é possível subir nas torres e contemplar o visual de Paris - e colar ao lado das quimeras! Uma mais alucinante que a outra - que no ritmo das badaldas da catedral deixam o cenário cabulosíssimo!

"Quimeras alucinantes fazem da Notre Dame um cenário muito cabuloso!"


De Notre-Dame e com a noite caindo, voltei para a Paris contemporânea. Saindo à esquerda da Catedral, e caminhando algumas quadras, chega-se ao enorme e não menos alucinante prédio da Sorbonne - Universite de Paris. Fundada em 1257 por Robert de Sorbón, como colégio integrante da Universidade de Paris, foi considerada no sec. XVI o principal núcleo da Universidade - e desde então Sorbonne e Universidade de Paris passaram a ser sinônimos. Não cheguei a entrar na Sorbonne, apenas caminhei por duas de suas "arestas" - mas é um daqueles lugares que mesmo de fora, disperta uma vontade enorme de se enfurnar por ali e estudar um monte! Puta lugar tezão!
Por ali muita gente "bacana" passou, e muitos neurônios foram testados ao longos desses séculos! 

"Sorbonne - Universite de Paris"

Dali rodei por mais alguns quarteirões, onde encontrei diversos "sebos"- no mais bacanas deles, havia uma seção um andar inteiro de vinil, onde me enterti por alguns minutos na sub-seção "PUNKROCK"! Tinha muita coisa por lá. Para a galera que curte ouvir e colecionar um vinil, aqueles sebos são um pedaço do paraíso!
Depois de muito rodar, e quando muitas das lojas fechavam suas portas, acabei me jogando em um PUB - mandei duas Carlsberg para fechar o dia, e por ali cruzei com uns brasileiros (pra variar!).
Do buteco de volta pro metrô e de lá para o hotel! Mais um dia muito manero em uma cidade que "de leve" vai mostrando que carrega em sua alma muuuuuito mais do que o pobre e tosco jargão de "cidade dos apaixonados".