sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

segundo sol

Foi preciso improvisar uma proteção, um anteparo para se proteger do sol, a caminho do aeroporto JFK. Depois de uma manhã cinzenta e gelada, aos poucos as nuvens foram dissipando,vencidas pela insistência do sol – e por volta das 16 horas locais – já não haviam traços brancos no céu de Long Island. O mesmo que sol que ardia dentro da condução, derretia o gelo acumulado depois de mais uma nevasca que visitou a costa nordeste norte-americana em um dos invernos mais rigorosos dos últimos 30 anos! Muito me recordo de meu espanto, enquanto acompanhava os empolgadíssimos âncoras do Weather Channel noticiando temperaturas na casa dos “30F” em Orlando, no início do ano. Confesso que eu jamais apostaria em temperaturas próximas a zero na Flórida – mas o inverno 2009/2010 no hemisfério norte mais uma vez comprovou que jogos de azar não é mesmo a minha praia!!

Enquanto aguardávamos nossa decolagem, em um dia de tráfego moderado no JFK, fomos presenteados com mais um sunset inesquecível! Aos poucos, o azul vivo do céu, típico dos dias de inverno foi cedendo espaço ao amarelo ouro, que depois foi se espremendo no horizonte distorcido pelos prédios de Manhattan mais a oeste. Minutos depois, um alaranjado muito vivo acobertado por um azul agora mais escurecido que levava a uma suave transição para o negro que possuía toda a abóbada até o leste. Por pouco mais de 40 minutos, tempo o suficiente para consumir a fila de tráfego que nos antecedia, as luzes do JFK foram tornando-se mais intensas ao mesmo ritmo que o relógio anunciava a troca do dia pela noite. Um silêncio de satisfação e contemplação dominava a cabine, enquanto acompanhávamos um a um – as silhuetas dos aviões que decolavam em curva à esquerda, desviando a trajetória que os levaria a Manhattan, para então tomar os mais diversos destinos mundo a fora!

Em pouco tempo, a fila de aviões agora estava atrás de nós! As luzes de Manhattan ficando a nossa direita e depois, deixamos as luzes do JFK a esquerda.....rumando escuridão adentro, sobre as frias águas do Atlântico Norte.

Pouco mais 9 horas de trinta de vôo, e 8300 km depois, chegávamos em SP ainda a tempo de curtir o nascer do Sol, que ainda meio preguiçoso e muito alaranjado, surgia por sobre os contornos da serra paulistana. Visual muuuito bacana!!

Cheguei quebradaço pouco antes do meio-dia em casa! Depois de largar as tralhas, a primeira coisa que fiz foi vestir a bermuda, dar uma rápida lambuzada de protetor solar na cara e correr para o mar! Surf não ia rolar: não apenas pelo estado precário do escriba, que precisava urgentemente dormir, como pelas condições do mar – pois estamos no período de férias de Netuno, que resolveu dar uma esticada no carnaval!! Bastaram alguns poucos passos na areia para sentir o calor - literalmente – dos pés as cabeças! Uma rápida acelerada nos passos e direto pra água! Puta mergulho gostoso! Apesar de o mar estar bastante sujo, resultado das chuvas que por aqui esteve forte nos últimos dias, é sempre um banho de mar.....

Mas o mesmo sol, que não parecia ser aquele primeiro sol das primeiras linhas desse post, e sim um segundo sol mais irado, muito mais “up and running” que o primeiro, inisistia em irradiar sua energia de forma muito intensa, castigando a pele que ardia mais a cada minuto, ainda mais curtida pelo sal do mar! Por ali mesmo, conclui que esse segundo sol – ao contrário das “previsões” de Cássia Eller, não estava muito preocupado em “querer alinhas as órbitas dos planetas” – mas sim, pelo menos por hora deixar as coisas “quentes” por ali! Muito quentes! Segundo sol fazendo valer o adjetivo de sol de verão!

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