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Desde moleque sou fascinado por praia, na água do mar e no oceano! Sempre desejei estar próximo ao mar – senão dentro, ali na beira, sentado em alguma pedra ou até mesmo na areia.

Não apenas pela beleza das ondas, algumas vezes inexistentes, outras muito presente, mas também pela imensidão, pela plenitude que o horizonte oceânico representa. São incontáveis as horas em que permaneci ali, apreciando a tênue linha do horizonte que acaba por separar duas realidades tão próximas, porém tão diferente – o céu e o mar! O que será que tem atrás, ou abaixo daquela linha?

Por questões naturais, muito evidentes, são dois universos em que o “acesso” é restrito para nós, humanos, terrestres. São dois “mundos” regidos por leis e forças diferentes das quais estamos adaptados a viver. Deixo a cargo da evolução, do processo de seleção natural, muito bem esclarecido por Darwin, as explicações de porque somos dotados de pulmões e não brânquias, ou braços ao invés de asas.

Fato é que assim mesmo, apesar de todas essas limitações naturais, sempre busquei a proximidade, um maior convívio com esses dois universos que também fazem parte do Planeta Terra. Talvez porque por muitas vezes o universo terrestre – resultado direto das forças sociais e leis criadas pelos homens – parece me causar um leve desconforto. Não sei dizer ao certo, mas sinto que estamos a cada dia nos afastando mais e mais de nossa essência, da natureza, em troca de falsos benefícios, que acabam por aprisionar os sentimentos e limitar a vida a apenas uma simples passagem através de um universo violento, urbano, artificial e mau.

Honestamente, estranho muito o hábito das pessoas em disperdiçar boa parte de suas vidas trancadas em seus escritórios, ou enlatadas em carros e ônibus durante horas e horas ao dia, para quando chegar o final de semana, enraizar-se ao sofá, colar os olhos em uma tela de 42 polegadas full HD! Então por ali ficam a esperar pelo novo ciclo que iniciará ao despertar do celular na segunda cedo. Um brinde a letargia!

Enquanto isso, um planeta todo cheio de vida, carregado de oportunidades e belezas naturais segue ignorado. Fico realmente chocado ao perceber o quanto as pessoas se confortam em viver presas a gaiola social em troca do “poder de acesso ao conforto” do final de mês. Melhor dizendo: como essa galera vende fácil a vida em troca de uns realetos a mais, ou um degrau a mais de “status social”!

Mas nessas horas, tenho que me confortar com o ditado do “ado”: “ado ado ado – cada um no seu quadrado”! Enquanto isso, sigo aqui no meu quadrado....ou melhor, no redondo! Ah! Depois de algumas viagens e alguns anos de vida, já não mais dúvida de que o planeta é muuuuito redondo sim!

Aproveito as oportunidades, ou me esforço ao máximo à fazer as opções de modo a direcionar meu tempo disponível de vida em conhecer, estudar, admirar e curtir o máximo possível que o planeta Terra tem a oferecer.Daí, surgem oportunidades como essa registrada abaixo:curtir o pôr-do-sol em três oceanos diferentes!

“Pôr-do-Sol” nos três maiores Oceanos do Planeta Terra: apreciado e registrado!”

Sim! Por que um simples pôr-do-sol tem muito a nos dizer, a nos ensinar! Por que sem um poente, jamais teremos um novo nascente!

Fico aqui de longe torcendo para que um dia todos abram as portas de suas casas, peguem suas mochilas, e saiam viajar uns dias com suas crias, para contemplar o Planeta através de um simples pôr-do-sol!

Talvez assim, seja possível salvar uma geração que parece fadada a infelicidade por conta da letargia e ignorância de seus pais e suas televisões de 42 polegadas full HD!