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Mais um dia de molho na ilha de concreto! Por essas e outras, a sessão da tarde de hoje ficou por conta de “Riding Giants”(2004).
Focado no surf de morras, o filme apresenta ondas que realmente separam os meninos dos homens! O Hawaii abre os trabalhos: os primeiros registros de Greg Noll e sua turma encarando Waimea! Os caras se jogavam mesmo, encarando as enormes ondas com uma naturalidade de fazer inveja! Destaque para uma onda de Greg, que depois de 2 horas de remada, desceu uma esquerda monstruosa que rodava no terceiro reef de Pipeline! Muita atitude para fazer história!
Na sequencia, três ondas que fazem jus ao título de “big rider” para qualquer maluco que ouse remar e dropar tamanha massa de água! Definitivamente, não é para qualquer um!
Mavericks – a onda de Jeff Clark é a primeira a ser apresentada. Muito frio, muita remada, muitas pedras e muitos tubarões fazem do pico um desafio que poucos conseguem superar! O depoimento dos surfistas e as imagens de “wipeouts” cabulosos impressionam! Mavericks é um bom exemplo do quanto devemos respeitar o power da Natureza! O acidente de Mark Foo, registrado no filme, deixa isso muito bem claro!
Da California ao Hawaii: Jaws mostra suas garras! Por lá o surf de remada sucumbe! Dropar aquela onda, requer muita velocidade, sendo necessário dispor de uma quantidade de energia que supera os limites humanos. Pois então, Laird Hamilton entra em cena e junto com seus brothers desenvolvem o surf de reboque – e viabilizam o surf em condições extremas! Jaws também não perdoa! O forte espumeiro carregando surfistas e seus jets até as pedras mostra que um pequeno vacilo, pode custar a vida!
De Hawaii para o Tahiti: Teahupoo! Onda bizarra e muito bem definida no filme: “a freak of hydrodinamic”! Por lá, Laird Hamilton dropou a onda que gravou seu nome na história do surf para todo o sempre. Depois de viajar pelo pacífico, as ondas que encontram a rasa bancada tahitiana fazem da conversão de energia um dos maiores espetáculos na natureza: uma esquerda tubular, com um lip assustador rodando e explodindo em uma montanha de espuma assassina!
Greg Noll e Pat Curren – lendários big riders - custavam a acreditar que alguém pudesse descer uma onda daquelas. Mas Laird fez a onda! Hoje em dia, Teahupoo é desafiada por surfistas do mundo todo!
Laird justificou que só completou aquela onda porque ele havia se preparado a vida toda para aquilo! Mais do que isso, Laird diz que é daqueles que não quer deixar de viver por medo do que poderia acontecer! Uma boa lição de vida para muita gente!
“Busting’down the door” (2008) entrou para a galeria pessoal de clássicos do surf!
Seguindo a trilha de uma grande amiga lá das minas gerais com sua mania de criar TOP listas de tudo – arrisco a colocar o filme dirigido por Jeremy Gosh entre os “TOP 5 FILMES DE SURF EDUCACIONAIS DE TODOS OS TEMPOS – AQUELES QUE O MUNDO NECESSITA ASSISTIR PARA ENTENDER E ABSORVER MAIS DA CULTURA DO SURF”!
Brincadeiras a parte, é mesmo justo classificar o filme como item obrigatório de coleção daqueles que vivem o surf!
Muito legal, “vivenciar” através de contundentes depoimentos e imagem, um pouco da energia do surf! Quatro talentosos australianos – Wayne ‘Rabbit’ Bartholomew, Peter Townend, Mark Richards e Ian Cairns – juntamente com os sul-africanos Shaun e Michael Tomson– representam um pouco do universo de surfistas que invadiam o Hawaii na metade da década de setenta para desafiar as maiores ondas então conhecidas!
Domingão de verão, céu azul e muito calor em uma grande cidade no Brasil. Você escolhe passear no principal parque da cidade. O que você espera encontrar por lá?
A – um arrastão!
B – um bando de descamisados correndo atrás de uma bola!
C – ninguém! estão todos fazendo um churrasco na laje e curtindo um pagode!
D – nada! não existe um parque na cidade!
E – três jovens garotas e seus violinos, apresentando um pequeno concerto de música clássica!
“Domingão de verão, céu azul e muito calor no Parque Del Retiro # 04 JUL 2010 # Madrid”
Então? Percebe a sutileza nos detalhes? Ainda acredita no conceito do país do futuro? Ainda alimenta esperanças? Eu não!
